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Estilista vegana promove moda livre de crueldade na New York Fashion Week


Para Leanne Mai-ly Hilgart, ser vegana não tem a ver apenas com a sua alimentação ou com o que ela escolhe usar todos os dias. Evitar carne e derivados em sua dieta, e couro em seu closet, é só uma parte da equação para a estilista, empresária e defensora dos animais.
Como fundadora da marca Vaute Couture, sua dedicação a criar roupas, casacos e agasalhos sem matérias-primas animais fez com que a mesma alcançasse uma projeção entre os ativistas de direitos animais e fashionistas conscientes. As informações são da CNN. 

 Seu ativismo começou quando ela tinha 10 anos de idade, com um projeto de estudos em agricultura industrial e indústria de peles, na escola no subúrbio de Chicago. Ela se tornou vegana aos 17 anos e continuou seu ativismo na escola com uma campanha de alternativas à dissecação de animais em aula de ciências que, com a ajuda do grupo Animalearn, eventualmente se tornou lei em Illinois. 

 Na semana passada, quase cinco anos após ter criado a Vaute Couture, em 2008, ela levou a sua filosofia de vida à New York Fashion Week, onde debutou com sua primeira linha de roupas “ready to use” (“prontas para usar”). 

 Em edições anteriores do evento, Stella McCartney, Charlotte Ronson e outros estilistas renomados já criaram coleções que não utilizam peles de animais. Mas a Vaute Couture é a primeira marca independente a divulgar, durante a New York Fashion Week, os produtos livres de crueldade animal como um DNA da marca. 

 A marca utiliza em sua produção peles falsas e couro sintético, tecidos orgânicos, reciclados e de alta tecnologia, em um esforço para redefinir os padrões tradicionais. De acordo com a CNN, embora a linha da Vaute Couture tenha surgido em um momento em que os consumidores estão mais dispostos do que nunca a pagar mais por produtos de empresas cujos valores sejam alinhados com os seus, membros da indústria contra-argumentam, dizendo que a empresa estará “nadando contra a maré” em uma temporada que deverá trazer reviravoltas em matéria de couro e peles. 

 Mas Hilgart, uma ativista de coração, seria uma estilista destemida. Ela acredita que existem pessoas como ela, que se preocupam com a origem do material de suas roupas e em como elas são feitas. “É papel da Vaute fazer opções mais acessíveis”, disse ela.

 “Eu quero atingir as mulheres que gostam de estilo, cor e moda amigáveis, e que costumavam se perguntar de onde suas roupas vieram mas, em algum momento, disseram a si mesmas que era muito ingênuo se preocupar com isso”, disse Hilgart. “Eu acho que é importante que as pessoas vejam que podem se importar, que podem interagir com o mundo da maneira que quiserem e que isso não é ingênuo. Mas, para isso, as pessoas precisam de opções”.




Os valores da Vaute permeavam todos os aspectos do show, desde a maquiagem e os produtos para cabelo usados nos modelos até os petiscos e cheesecakes veganos inscritos com um “V” da padaria Vegan Treats, de Bethlehem. Modelos desfilavam com cães no colo, e cães disponíveis para adoção passeavam pelo salão ao redor do público, conduzidos por voluntários da Humane Society de Nova York e da Badass Brooklyn Animal Rescue. 

 A lista de patrocinadores incluía alguns dos maiores nomes do ativismo pelos Direitos Animais dos Estados Unidos: a Humane Society dos Estados Unidos, o PETA, a Farm Sanctuary e o Comitê de Médicos pela Medicina Responsável. 

 Ao patrocinar eventos de moda e designers como Hilgart, estes grupos acreditam ter a oportunidade de compartilhar a sua missão com os compradores, editores de moda e membros da indústria, principais influenciadores de tendências de consumo.

 “A NY Fashion Week tem um grande público, formador de opinião, e é um local ideal para transmitirmos a nossa mensagem”, disse Michelle McDonald, gerente da campanha anti-peles da Humane Society, que já patrocinou os estilistas Jay McCarroll e Charlotte Ronson.

 A Humane Society acompanha o progresso através de uma lista crescente de estilistas e empresas que adotaram a política de produzir uma moda que não utiliza peles de animais. Mas Hilgart, com a Vaute Couture, assumiu o compromisso de moda “livre de crueldade” com um passo adiante, disse McDonald. 

 Segundo a reportagem da CNN, Hilgart sabe que há um mercado para pessoas como ela, que levam o consumismo consciente para um nível ativo, sendo que muitas dessas pessoas compareceram ao espetáculo de quarta-feira e ficaram encantadas com o que viram, como uma validação de suas crenças.

 “Como sociedade, estamos evoluindo para o fim da mercantilização de animais porque, finalmente, torna-se claro que não é apenas algo cruel, como também desnecessário. Há alternativas acessíveis, sustentáveis e atraentes, que são produzidas de forma ética e sem custar a vida dos animais. Por que não escolhê-las?”, conclui Hilgart.

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