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Tutores enfrentam dificuldades para encontrar animais resgatados após incêndio em Manaus


Os ex-moradores da comunidade Arthur Bernardes, em Manaus, AM, atingida por um incêndio que destruiu quase 500 casas há 34 dias, estão à procura dos animais domésticos resgatados durante a tragédia. Eles reclamam da dificuldade em conseguir informações no Centro de Controle de Zoonose (CCZ). 


 A doméstica Maria das Graças da Silva, 52, afirmou que seus vizinhos viram quando uma picape levou vários cães e gatos resgatados pelos bombeiros e populares. Ela disse que este carro, sem identificação, foi visto algumas vezes durante o incêndio. “Estou procurando o meu gato Filé. Sinto muita falta dele nesse momento tão difícil de reconstrução da vida”, afirmou. 

 A industriária Regiane Aves, 26, contou que já tentou contato com o CCZ várias vezes para saber se os animais resgatados foram entregues lá, mas não obteve sucesso. Os ex-moradores também estão procurando seus animais junto às Organizações Não Governamentais (ONGs) de proteção ao animal. “A maior dificuldade é que no meio da correria para se salvar do fogo e resgatar nossos familiares, ninguém conseguiu anotar a placa do carro ou ver se havia alguma identificação”, disse.

 A diretoria do CCZ informou, por meio da assessoria de comunicação, que não recebeu nenhum grupo de animais no dia do incêndio ou nos dias seguintes. Em nota, o centro informou ainda que não foi registrada nenhuma solicitação oficial de informação sobre o caso. 

 Abandonados 

 As famílias que perderam suas casas foram retiradas da área pelo governo do estado, e nos escombros do incêndio ainda há muitos animais abandonados pelos tutores. São pelo menos 20 cães e gatos sobrevivendo no local e dependendo dos moradores das áreas adjacentes. O estudante Felipe Gabriel Nogueira, 10, disse que todos os dias divide suas refeições com os animais. “Eles choram de fome, ficam gemendo e procurando lugar para se esconder quando chove”, disse ele. 

 A dona de casa Tainá Eliana dos Santos, 34, disse que não pode levar o seu cachorro Fofão para o novo endereço, porque o seu locatário não permite animais domésticos. Ela afirmou que está procurando uma nova casa onde possa levar o animal, que por enquanto continua vivendo onde era a comunidade. “Me parte o coração deixar o melhor amigo lá, mas não tive escolha, precisava achar logo um teto para abrigar minha família”, lamentou. 

 O incêndio ocorrido na Comunidade Arthur Bernardes, no bairro São Jorge, foi considerado um dos maiores da história de Manaus.

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