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Alergia em Pets



A alergia em pets costuma ser um assunto pouco conhecido por proprietários de animais.

No entanto, é algo que requer atenção, pois é uma das causas mais comuns de dermatopatia nos cães e gatos. O estudante de mestrado em Ciência Animal, Guilherme de Caro Martins, que realiza consultas no Hospital Veterinário da UFMG, na área de dermatologia, explica mais sobre o assunto.

 “A alergia é uma resposta do sistema imune a estímulos externos. No cão, existem três tipos principais de alergia: a relacionada à pulga, a alimentar e a atópica – provocada por elementos presentes no ambiente, como ácaros, poeira e pólen. O principal sinal de alergia é a coceira, porém para que se realize o diagnóstico de alergia, é necessário realizar um processo de exclusão”, consta Guilherme. Um animal que se coça muito não necessariamente apresenta problema alérgico, mas é essencial que se encontre a causa primária da coceira.

“O diagnóstico de exclusão se baseia em testes que buscam saber se o animal tem infecções secundárias e/ou se possui ectoparasitas – como pulgas. Alguns padrões de coceira, em determinados animais, auxiliam na identificação de qual alergia o animal apresenta, como é o caso de coceira na região lombar que pode ser indicação de alergia devido a pulgas. Animais que possuem alergia alimentar ou atópica costumam lamber muito suas patas e coçar a região das axilas, pescoço e face”, explica Guilherme. O animal, por se coçar demasiadamente, pode se automutilar, o que causa feridas. Além disso, é comum que os animais com alergia alimentar e atópica desenvolvam infecção bacteriana secundária – devido às feridas que alteram a epiderme do animal e causam mau cheiro, por exemplo.

Geralmente, deve-se dar banho em cães alérgicos, pelo menos, uma vez por semana. No entanto, o que determina o número de banhos e a base do produto que deve ser utilizado no animal é o tipo de alergia que o pet possui e de quais são as alterações cutâneas evidenciadas, sendo necessário, portanto, acompanhamento do médico veterinário em cada caso.

Guilherme ressalta que “o tratamento da alergia depende da causa. Caso seja alergia a pulgas, deve se erradicar todos os ectoparasitas tanto do animal quanto do ambiente. Se a alergia for alimentar, tem que expor o animal a proteínas que ele ainda não teve acesso, para, assim, realizar o diagnóstico e, depois, alimentá-lo com ração hipoalergênica. Cria-se uma dieta restritiva de exclusão para o animal. Por fim, para a alergia atópica, após o diagnóstico, tem-se um teste um alérgico e terapias medicamentosas”. A melhor recomendação para um proprietário de pet alérgico é ter paciência, pois o pet deve ser tratado como um animal que tem doença crônica debilitante, o que exige do proprietário muito comprometimento.

Fonte: UFMG

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