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Piometra: saiba como é essa infecção no útero das cadelas e como tratá-la



A piometra é um quadro clínico patológico que se desenvolve em cadelas, a partir de uma infecção bacteriana que se aloja no útero e que, com o acúmulo de secreções purulentas (pus) na região, leva a sinais clínicos perceptíveis no trato reprodutivo. A fim de proteger seu animal e identificar melhor a doença, é necessário conhecer mais sobre a piometra.


 Causas da piometra

Problemas hormonais, métodos anticoncepcionais e outros fatores podem desencadear a infecção no útero. Embora tal condição seja comum em cadelas de meia idade, não é raro o desenvolvimento da infecção em animais jovens ou mesmo em gatas – com menor frequência, entretanto, uma vez que elas produzem menos progesterona, um hormônio sexual da fêmea. É a produção desse hormônio que leva ao acúmulo de secreções uterinas e, consequentemente, a infecções secundárias.

Além dessas causas naturais, métodos abortivos e anticoncepcionais (concentrados em estrogênio e progesterona), são grandes responsáveis pelo surgimento da piometra, pois estimulam justamente a alteração hormonal causadora da patologia.

É errado, também, supor que acasalar previne a piometra, pois isso não evita a infecção uterina em absoluto, já que as funções hormonais continuam sendo processadas normalmente. O método mais seguro e eficaz de prevenção é, ainda, o procedimento cirúrgico de castração.

 Sinais clínicos da piometra

Corrimento vaginal, falta de apetite e até depressão caracterizam a piometra. (Imagem: Shutterstock) Os sinais clínicos iniciais nem sempre são evidentes, pois a piometra pode se revelar de cérvix “aberta” ou “fechada”. No primeiro caso, os indícios de infecção surgem em um primeiro estágio composto por um corrimento vaginal abundante e espesso, de odor desagradável e cor variada. O segundo caso não apresenta tal corrimento, o que dificulta o diagnóstico preciso e completo, tornando a piometra mais perigosa.

 Além disso, a fêmea apresenta perda de apetite, aspecto triste, podendo chegar à depressão. Tem uma insistente febre e pode apresentar vômitos, diarreia, perda de peso e aumento na ingestão de água, o que resulta em produção de urina em excesso.

Em alguns casos, a cadela é acometida, também, por um aumento abdominal e por cólicas. A progressão dos sinais,caso não sejam tratados adequadamente, pode atingir o caso crítico de injúria renal aguda, uma das complicações mais comuns à doença, resultando em quadros de mortalidade.

Diagnóstico da piometra 

Somente um exame clínico feito pelo médico veterinário junto com exame de sangue podem diagnosticar a doença. 

 Diagnosticar a piometra, após a percepção dos primeiros sinais, vai além de uma análise de sangue, que pode revelar o estado dos órgãos afetados com a progressão da infecção. 

Uma radiografia abdominal ou mesmo uma ultrassonografia são, também, recomendadas e igualmente eficazes, podendo confirmar as suspeitas. Após o diagnóstico, deve haver o encaminhamento da fêmea à internação, com administração de antibióticos e fluidoterapia, para então se realizar o procedimento cirúrgico de esterilização – clinicamente conhecido como ovariossalpingohisterectomia (abreviado por OSH) – o quanto antes. 

Tratamento da piometra 

A cirurgia é o método mais comum de tratamento, mas também há medicamentos. 

 O tratamento é cirúrgico, resultando na castração e em um pós-tratamento à base de antibióticos e monitoramento para que se verifique o desaparecimento de todos os sinais. A evolução da infecção, caso não seja tratada a tempo, atinge outros órgãos, como rins, podendo levar ao óbito em casos críticos. 

A recuperação, para alívio dos donos, e da própria cadela ou gata, é rápida, porque o foco principal da infecção é removido com a cirurgia, refletindo no desaparecimento de todos os outros sinais.

 Métodos alternativos à cirurgia podem ser cogitados (nunca quando a infecção já progrediu consideravelmente), mas, devido à gravidade da piometra, a cirurgia continua sendo o método mais rápido, seguro e eficaz no tratamento da infecção. 

O pós-operatório deve consistir na aplicação de medicamentos antibióticos e, em segunda escala, no monitoramento das funções renais do animal.

 A piometra, portanto, é mais do que uma simples infecção. Ela afeta inicialmente o útero de cadelas de meia idade, com mais frequência, e o quadro evolui para sinais perceptíveis aos donos, podendo progredir a outros órgãos, como os rins e o fígado, podendo, em casos extremos, causar a morte do animal. A prevenção eficaz é a castração da fêmea, e o tratamento mais recomendado é o procedimento cirúrgico para extrair o foco da infecção.

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